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Parceria Estratégica Brasil/Reino Unido: um passo importante pela inovação em saúde

Por:  Guilherme Ambar, biólogo, CEO da Seegene Brasil e diretor de Inovação da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial- CBDL

Tenho grande satisfação em comentar a recente assinatura do acordo estratégico entre o Brasil e o Reino Unido para a incorporação de tecnologias em saúde, firmado em Londres entre a Conitec e o National Institute for Health and Care Excellence (NICE).  

Este é um marco importante para os nossos sistemas de saúde públicos, o SUS no Brasil e o NHS no Reino Unido, que compartilham o compromisso com o acesso universal e com a melhoria contínua da qualidade do cuidado à população. A cooperação bilateral em Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), negociação de preços e integração de ferramentas, como a Inteligência Artificial, representa uma visão estratégica para responder aos grandes desafios em saúde pública de forma sustentável e baseada em evidências.  

Ao ampliar capacidades técnicas e institucionais, essa parceria não só fortalece a tomada de decisão em saúde, como também abre caminho para que novas tecnologias inovadoras sejam avaliadas e incorporadas de maneira responsável, maximizando o impacto social e econômico.  

Por que isso importa? – A incorporação planejada e colaborativa de tecnologias, seja em avaliação de dispositivos, terapias ou soluções digitais, tem potencial para: 

  • Reduzir custos em saúde a médio e longo prazo, por meio de melhores negociações e uso eficiente de recursos; 
  • Ampliar o alcance de soluções inovadoras, beneficiando um número maior de pessoas com acesso mais equitativo; 
  • Fortalecer sistemas de saúde resilientes e preparados para o futuro, com capacidade de responder com agilidade e segurança a novas demandas. 

Parabenizo o Brasil e o Reino Unido por essa iniciativa, que coloca a ciência, a tecnologia e o bem-estar da população no centro das políticas públicas de saúde. Destaco, especialmente, a posição do Ministério da Saúde ao buscar referências e boas práticas fora do país, reconhecendo a importância do aprendizado internacional para o fortalecimento do SUS. Ao mesmo tempo, esse movimento reforça a relevância de avançarmos também no debate interno, o que representaria uma oportunidade estratégica para estimular a inovação local, fortalecer o ecossistema brasileiro de saúde e gerar impacto positivo com soluções desenvolvidas no próprio país. Inovação em saúde se constrói com cooperação global, mas também com valorização do talento, da ciência e da tecnologia que produzimos aqui. 

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