Anvisa aprova uso emergencial de vacinas contra covid
Dia histórico no Brasil: 17 de janeiro de 2021 ficará registrado como a data em que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou os pedidos de uso emergencial no país das vacinas Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac, e Astrazeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford com a Fiocruz. Os dois imunizantes são os primeiros aprovados no país no combate à covid-19. Com a aprovação abre-se um importante caminho para a vacinação contra a covid no Brasil, o que é aguardado com ansiedade por todos os brasileiros. A reunião extraordinária da Anvisa que anunciou a aprovação das duas vacinas foi transmitida ao vivo pelos canais do governo e conduzida por membros da diretoria colegiada da Anvisa.
Inicialmente, as vacinas serão aplicadas em profissionais de saúde, idosos com mais de 75 anos, pessoas institucionalizadas e indígenas. Nesse momento serão seis milhões de vacinas da Coronavac. Entretanto, é importante destacar que a vacinação na população em geral ainda tem um longo caminho pela frente, e sabe-se que podem faltar insumos como seringas, algodão, freezer. É bom lembrarmos também que o Brasil é um país imenso, com cerca de 210 milhões de pessoas, e que tem uma experiência com vacinação no país das mais eficazes do mundo.
É fundamental enfatizarmos ainda que os cuidados com a prevenção devem ser redobrados, principalmente agora, que surge uma nova cepa da corona vírus, com capacidade de transmissão muito mais forte. Esses cuidados, repetidos várias vezes pelos infectologistas do país, e, aqui mesmo no Portal Medicina e Saúde são: usar sempre corretamente máscara, lavar as mãos várias vezes ao dia com álcool em gel ou sabão e não as levar ao rosto, evitar as aglomerações. Repetindo: evitar as aglomerações.
A propósito, na reunião de ontem, diretores da Anvisa destacaram que a vacinação é necessária porque não há remédios que funcionem contra a Covid.
Primeira brasileira vacinada – A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, do Hospital Emílio Ribas /SP, que está há oito meses na linha de frente do combate ao coronavírus, foi a primeira brasileira a receber uma dose da vacina Coronavac, logo após a Anvisa autorizar o uso emergencial da vacina contra a Covid-19. Mônica é moradora de Itaquera/periferia de São Paulo, com perfil de alto risco para complicações da Covid-19. Ela é obesa, hipertensa e diabética.