Instituto do Coração completa 46 anos
Referência na área cardiopulmonar, InCor é o melhor hospital cardiológico da América Latina (Ranking Newsweek) e pioneiro no Brasil em UTI Respiratória 100% digital e Centro de Pesquisa de Cardio-oncologia
Nesta semana, o InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP) completa 46 anos de história, consagrado como o melhor hospital de cardiologia e cirurgia cardiovascular da América Latina no ranking World’s Best Specialized Hospitals 2023, da revista norte-americana “Newsweek”.
Com a data, o hospital comemora realizações importantes, como a reforma de sua UTI Respiratória, que passa a funcionar de forma 100% digital e sem papel, e o primeiro ano de criação da Unidade Clínica de Cardio-oncologia, que conta com cerca de 20 estudos clínicos em andamento.
Entregue para a sociedade brasileira em 10 de janeiro de 1977, o InCor é o legado de expoentes da cardiologia e da pneumologia brasileira e internacional, entre eles os professores Euryclides de Jesus Zerbini e Luiz Venere Décourt, que lideraram a equipe do primeiro transplante de coração da América do Sul e um dos precursores no mundo, Adib Jatene, que foi ministro da Saúde por duas vezes (1992 e 1995 a 1996), e Fulvio Pileggi, reconhecido como um grande incentivador do desenvolvimento da ciência médica em cardiologia.
“Tivemos a oportunidade de ter profissionais brilhantes ao longo da nossa trajetória, que nos deram a oportunidade de oferecer à sociedade um serviço público que é referência mundial e que demonstra o potencial das realizações do nosso País”, afirma Dr. Roberto Kalil Filho, presidente do Conselho Diretor do InCor.
Considerada uma das principais instituições do mundo em cardiopneumologia, está na identidade do InCor a convergência entre Assistência, Ensino, Pesquisa e Inovação.
Referência na assistência a pacientes de alta complexidade, a instituição realiza mensalmente cerca de 15 mil consultas ambulatoriais, além de atender uma média de 2 mil pessoas em sua Unidade de Emergência Referenciada. Do total de atendimentos, 80% correspondem ao sistema público de saúde e 20% a convênios ou particular.
“Temos resultados expressivos ao longo da nossa história que estão materializados em novas técnicas de tratamentos clínicos e cirúrgicos, no diagnóstico e na pesquisa básica, que são referências de protocolo no Brasil e no exterior”, ressalta Dr. Roberto Kalil Filho.
InCor em números – Em mais de quatro décadas de atuação, o InCor somou 154 mil cirurgias, mais de 7 milhões de consultas, 1,1 milhão de atendimentos de emergência e 90 milhões de exames, como laboratoriais, anatomopatológicos e de diagnóstico por imagem. Mais de 1.700 transplantes de coração e de pulmão já foram realizados pelo InCor, que alcançou em 2022, a marca de 500 transplantes pulmonares, além de comemorar 30 anos do primeiro transplante cardíaco pediátrico em um recém-nascido que se tem registro no país e América Latina, realizado por equipe de especialistas do hospital.
Ligado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o Instituto do Coração é um grande centro de pesquisa e ensino, que desenvolve e aplica conhecimento de última geração para formar novas gerações de profissionais para a saúde e para oferecer à população tratamentos de ponta. Já passaram pela formação do Instituto mais de 25 mil alunos de todo o Brasil e exterior.
Os resultados também revelam uma produção científica importante, com números expressivos nas principais revistas internacionais – são mais de 8 mil estudos indexados em bases internacionais –, além de mais de mil teses concluídas e 813 prêmios recebidos por trabalhos científicos em 46 anos de história.
Vanguarda – O InCor dedica 10% de sua área total de edificações, que representa 75 mil metros quadrados, para a pesquisa científica. “É, sem dúvida, um dos grandes centros de pesquisa do Brasil em sua especialidade”, destaca Prof. Dr. Fábio Jatene, vice-presidente Conselho Diretor do Instituto.
Atrelado à produção científica está o desenvolvimento tecnológico na instituição que ficou clara com a pandemia da covid-19, que teve início em 2020, relembra o Prof. Dr. Fábio Jatene. “Quando a sociedade mais precisou dos nossos esforços, respondemos prontamente com iniciativas pioneiras como a TeleUTI InCor, que realizou mais de 13 mil teleatendimentos e treinou mais de 16 mil profissionais de saúde para o tratamento da covid-19”, relembra. Hoje o projeto se expande para a área obstétrica, com discussão dos casos de mulheres de gestação de alto risco, grávidas e puérperas internadas em UTI, e já está em andamento em 11 estados do país.