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Amamentação: prática necessária para o desenvolvimento das crianças

A presidente da Sociedade Mineira de Aleitamento Materno, Cleonice Liboreiro Motta Ferrari: 42 anos de trabalho delicados ao aleitamento materno

O processo de emancipação profissional da mulher e as facilidades da indústria alimentícia – com produtos especialmente formulados para a nutrição de bebês – são alguns dos aspectos que justificaram a criação do Agosto Dourado, no ano passado. A proposta, que está na sua segunda edição, é aproveitar a Semana Mundial da Amamentação, celebrada entre 1º e sete de agosto, para promover uma campanha pública de conscientização sobre essa prática natural e absolutamente necessária para o processo de desenvolvimento das crianças que tem andado esquecida nos lares brasileiros.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Unicef, divulgados nos últimos dias, apenas quatro em cada 10 bebês são amamentados exclusivamente com leite materno até os seis meses. No Brasil, o percentual é de 38,6%. Para incentivar uma mudança de conduta de conduta sobre essa prática, a campanha deste ano tem como tema “Empoderar as famílias para favorecer a amamentação”.

Com 42 anos de trabalho dedicado ao aleitamento materno, a enfermeira obstetra, educadora, presidente da Sociedade Mineira de Aleitamento Materno (SOMAM), coordenadora do Centro de Incentivo ao Aleitamento Materno (CIAMA) e do Curso de “Casal Grávido” do Hospital Vila da Serra, Cleonice Liboreiro Motta Ferrari afirma que o leite é branco, mas a amamentação é padrão ouro para a criança, porque é o melhor e o único alimento indicado para os bebês, até seis meses de vida.

Ela reconhece que, embora natural, a amamentação ainda esbarra em algumas barreiras, como a necessidade de retornar ao trabalho. “Ao envolver a família, queremos que os pais e parentes apoiem as mulheres, para que elas compreendam a importância da amamentação como algo imprescindível para o desenvolvimento dos bebês”, destaca.

Cleonice Ferrari enfatiza, ainda, que, embora a propaganda seja tentadora, os produtos industrializados não são recomendados para todos os casos. “Eles podem ser usados quando a mãe não pode amamentar por algum motivo de doença, por exemplo. Nos demais casos, a mulher deve ter em mente que é por meio da amamentação que o bebê recebe sua primeira imunização e o contato com os cheiros e gostos de alimentos que a mãe ingere. Além disso, a amamentação favorece o desenvolvimento neurológico do bebê, que acontece rapidamente até os seis meses”, frisa.

Para comemorar a data, o Hospital Vila da Serra vai promover uma oficina para comunidade e gestantes, no dia 8 de agosto, das 14 às 17 horas. Segundo a coordenadora, o aleitamento materno é bacana, ecológico e faz parte da vida da mulher e da saúde humana. “As mulheres precisam se informar mais sobre a importância do aleitamento materno. Elas se sentem inseguras e muitas acreditam que o leite materno não é suficiente, mas ele é o alimento sob medida para os bebês humanos”, conclui.

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