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Cardiometabolismo – síndrome metabólica que afeta de 20% a 25% da população adulta mundial, é destaque na Revista da SOCESP

O cardiometabolismo é o tema da mais nova edição da Revista Científica da SOCESP. Trata-se de uma área de estudo que abrange a saúde cardiovascular e metabólica, analisando fatores como obesidade, resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão — condições clínicas que aumentam o risco de doenças cardiovasculares e diabetes.

A síndrome metabólica afeta de 20% a 25% da população adulta mundial, com aumento progressivo conforme a idade. No Brasil, atinge 38,4% da população adulta, com maior prevalência entre grupos vulneráveis e com hábitos pouco saudáveis. As doenças cardiometabólicas são atualmente a principal causa de morbimortalidade global, com custos diretos e indiretos estimados em até US$ 10 bilhões por ano no país.

O editor-chefe da publicação, Luís Henrique Wolff Gowdak, relata em editorial que a relação entre alterações metabólicas e o risco de desenvolvimento da doença aterosclerótica, embora pareça “uma obviedade pueril”, só foi demonstrada em 1979, quando Kannel e McGee, utilizando dados do Framingham Heart Study, identificaram o diabetes como um importante fator de risco cardiovascular. Segundo Gowdak, desde então, diversos estudos foram conduzidos para confirmar o papel relevante de outras condições que, isoladas ou combinadas, aumentam o risco não apenas do surgimento, mas da progressão da aterosclerose e de suas complicações. “Recentemente, o termo foi expandido para síndrome cardiorrenal metabólica, ao incluir a presença de disfunção renal crônica como fator de risco cardiovascular emergente”, completa.

A Revista da SOCESP traz artigos que oferecem um novo olhar sobre os fatores de risco tradicionais e que abordam a complexa interrelação entre inflamação e doença cardiovascular.  A publicação também discuti a abordagem da dislipidemia em pacientes com disfunção renal crônica ou com doença hepática metabólica, e questiona se existe ou não uma “obesidade saudável”.

Inclui ainda artigos sobre a relação dos fatores de risco cardiometabólicos com duas condições muito frequentes na prática clínica — insuficiência cardíaca e disfunção renal —, e sobre as alterações cardiometabólicas na menopausa, além de apresentar uma revisão sobre a doença hepática esteatótica como possível fator de risco emergente.

A edição teve coautoria de Lilia Nigro Maia e Eduardo Gomes Lima. A publicação, com download gratuito, reúne oito artigos médicos, um suplemento com cinco artigos multiprofissionais dos Departamentos de Enfermagem e Odontologia, além de cinco podcasts e um relato de caso.           

Acesse:  https://socesp.org.br/

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