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Centro de Oftalmologia do Hospital Evangélico de BH é parceiro da PBH para o atendimento de alunos da rede municipal de ensino

Dr. João Neves: “temos que lembrar que as crianças não têm base de comparação, ou seja, não sabem como distinguir o que é enxergar bem e enxergar mal”

O Centro de Oftalmologia do Hospital Evangélico de Belo Horizonte é uma das instituições parceiras da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para a realização de um projeto de assistência oftalmológica direcionado a estudantes de sete a 14 anos da rede municipal de ensino. A iniciativa é parte da política do Sistema Único de Saúde (SUS) para essa especialidade que está diretamente relacionada ao processo de desenvolvimento das crianças. Segundo o médico oftalmologista e diretor da unidade, João Neves, estima-se que entre 10% e 20% das 104 mil crianças matriculadas no ensino fundamental da rede municipal apresentam algum problema que comprometa a visão. “Todas passarão por uma triagem e aquelas que forem diagnosticadas serão encaminhadas para a consulta médica”, explica. A previsão é que a unidade realize 10 mil atendimentos até dezembro deste ano.

Conforme explica, os olhos se desenvolvem até os oito anos e quando a imagem não se forma corretamente, seja por algum problema que impede a entrada da luz ou mesmo por alterações como altos graus de miopia ou hipermetropia, pode haver prejuízos definitivos para a visão. “Temos que lembrar que as crianças não têm base de comparação, ou seja, não sabem como distinguir o que é enxergar bem e enxergar mal, o que justifica o baixo desempenho e a evasão escolar, duas situações que repercutem negativamente na vida adulta do indivíduo”, pontua.

Checkup oftalmológico – Assim, o período de férias pode ser um bom momento para levar as crianças ao oftalmologista. Segundo a oftalmologista pediátrica, especializada também em Estrabismo, da Clínica de Oftalmologia do HE, Mariana Imbroisi dos Santos, a primeira consulta com o especialista deve ser feita entre os seis meses e um ano de vida. Sintomas como dificuldade para enxergar, coceira nos olhos, queixas de dor de cabeça ou suspeita de olhos desviando devem motivar o exame o quanto antes.

A saúde dos olhos também demanda certos cuidados. “O uso abusivo de telas pode causar diversos problemas oftalmológicos nas crianças como, olho seco, progressão da miopia, estrabismo e visão dupla. O recomendado é tempo zero de tela para crianças com menos de dois anos. Entre dois e cinco anos, uma hora por dia. E a partir dos seis anos, no máximo duas horas por dia”, analisa.

Há, ainda, doenças oftalmológicas que podem ter influência da genética. Entre elas estão a miopia e o ceratocone, que demandam um acompanhamento mais próximo do especialista. “Se antecipar ao aparecimento de algum sintoma é a medida mais acertada para prevenir problemas ou controlar doenças oftalmológicas no estágio inicial”, conclui a médica.

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