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Combate e Prevenção da Trombose: riscos reais

Imagem: Divulgação

Conhecida por ser uma séria condição de saúde, a trombose ocorre quando um coagulo sanguíneo se forma e obstrui o fluxo normal do sangue, podendo causar complicações potencialmente fatais, como a embolia pulmonar. O risco deste evento aumenta significativamente quando há um processo inflamatório no corpo, como é o caso de algumas doenças autoimunes sistêmicas. Entre as enfermidades desta categoria, as mais propensas ao quadro de trombose são o Lúpus Eritematoso Sistêmico, a Artrite Reumatoide e, a principal delas, a Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide (SAF). Por isso, no Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose que foi celebrado em 16/09, a reumatologista Marília Furquim, de São Paulo/SP, especialista pela Sociedade Brasileira de Reumatologia, fala sobre sintomas, riscos e prevenção deste quadro de saúde.

Conforme explica, a inflamação generalizada que acontece nestas doenças deixa o corpo em um estado pró-trombótico, ou seja, propenso a tromboses. Já na SAF, a produção de anticorpos que atacam especificamente proteínas ligadas aos fosfolipídios resulta em uma coagulação anormal, com o consequente aumento do risco de eventos trombóticos, sendo esta a principal manifestação da doença.

Para que os pacientes nessas condições fiquem atentos, os sintomas clínicos no caso da trombose venosa são dor, inchaço e vermelhidão na região afetada, em sua maioria, nos membros inferiores. “Já quando consideramos a trombose do sistema arterial, as manifestações clínicas são decorrentes da falta de irrigação sanguínea no território que deveria ser irrigado pelo vaso acometido, podendo ser, entre outros, um acidente vascular cerebral (AVC) ou um infarto agudo do miocárdio (IAM), ambas condições sérias e potencialmente muito graves”, ressalta a médica.

Outro alerta da especialista para a SAF – Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide, é que ela pode, inclusive, se manifestar durante a gestação e gerar complicações como abortos repetitivos, óbitos fetais, pressão alta e parto prematuro.

A doutora chama ainda a atenção para os fatores que podem reduzir o risco de trombose em pacientes autoimunes e mostra uma abordagem multidisciplinar eficiente:

  • Monitoramento regular da saúde vascular;
  • Manter um estilo de vida saudável, com a prática de exercícios físicos regulares e dieta equilibrada;
  • Evitar a todo custo outras condições que aumentam o risco de trombose, como o tabagismo e a imobilidade;
  • Seguir sempre as recomendações médicas a fim de evitar complicações graves e controlar o estado inflamatório das doenças autoimunes.

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