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Doença Falciforme: principais sintomas e tratamentos

Dr. Vitor Fernandes Paiva: “o diagnóstico é feito por meio de um exame de sangue, chamado eletroforese de hemoglobina, que detecta a presença da hemoglobina S, característica dessa doença”

Imagem: Pixabay

Uma doença pouco conhecida pela população brasileira é a Doença Falciforme, caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue. Ao invés de serem redondos e flexíveis, os glóbulos vermelhos doentes assumem uma forma de foice, que dá origem ao nome falciforme. Essa forma anômala dificulta a circulação do sangue, podendo obstruir os vasos sanguíneos e causar diversos problemas de saúde.

Conforme explica o médico hematologista Vitor Fernandes Paiva, do Hospital Edmundo Vasconcelos – São Paulo/SP, a enfermidade é uma condição genética que afeta cerca de 60 mil a 100 mil brasileiros, de acordo com dados do Ministério da Saúde referentes a 2020.

Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem dor intensa nos ossos e articulações, episódios frequentes de fadiga, palidez e icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), além de uma maior propensão a infecções.

Seu diagnóstico é feito por meio de um exame de sangue, chamado eletroforese de hemoglobina, que detecta a presença da hemoglobina S, característica dessa doença. Esse exame é atualmente realizado em recém-nascidos através do teste do pezinho, permitindo um diagnóstico precoce e início do tratamento desde cedo, mas pode ser realizado a qualquer momento ao longo da vida”.

Existe cura? – A doença falciforme não tem cura. No entanto, segundo o hematologista, o transplante de medula óssea e a terapia gênica podem ser a cura para alguns pacientes, embora sejam procedimentos complexos e restritos a um grupo específico. “Para a maioria dos pacientes, o tratamento inclui medicamentos para controlar a dor, prevenir crises, transfusões de sangue regulares e o uso de hidroxiureia para reduzir a frequência das crises dolorosas”, detalha Vitor Paiva, ao destacar que a principal forma de prevenção é o aconselhamento genético para casais que têm história familiar da doença e estão planejando ter filhos. “Esses casais podem fazer testes sanguíneos para avaliar o risco de transmitirem a doença para os filhos. Além disso, o diagnóstico precoce e acompanhamento adequado são fundamentais para a gestão da doença e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes”.

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