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Esclerose Múltipla: terapia ocupacional minimiza as dificuldades na rotina diária do paciente

Terapeuta Ocupacional Syomara Cristina Szmidziuk: “os efeitos da doença podem ser retardados e manter as atividades diárias é o pedido mais frequente”

O Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla (EM), comemorado no dia 30 de agosto, tem como objetivo divulgar informações para a população sobre a doença que ganhou visibilidade, no Brasil, com o diagnóstico da atriz Claudia Rodrigues, a eterna Marinete de “A Diarista” e, recentemente, com a atriz curitibana Guta Stresser, que deu vida à Bebel, de “A Grande Família”.

A data foi criada por meio da Lei Federal 11.303/2006, e, desde 2014, o mês de agosto ganhou a cor laranja como alerta sobre como símbolo para desmistificar a condição crônica da doença.

A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica em que o sistema imunológico agride a bainha de mielina, comprometendo o sistema nervoso e impedindo a transmissão das mensagens do cérebro para diversas partes do corpo. Ela atinge mais jovens adultos no mundo, sendo a maioria mulheres.

Dificuldade para caminhar, fraqueza muscular, incapacidade de executar movimentos, fadiga, problemas de fala e até bloqueios para pensar e compreender. Esses são alguns dos sintomas enfrentados pelos pacientes.

Autonomia – Por trás das dificuldades enfrentadas pelos pacientes estão profissionais que trabalham para minimizar a imprevisibilidade da doença. Os terapeutas ocupacionais são aqueles que, ao lado deles, estabelecem uma estratégia para preservar a autonomia do doente da melhor forma, uma vez que a esclerose múltipla é progressiva e não tem cura.

A terapeuta ocupacional Syomara Cristina Szmidziuk, de Curitiba, conta que os efeitos da doença podem ser retardados e manter as atividades diárias é o pedido mais frequente. “É muito normal os pacientes solicitarem a conservação das atividades da vida diária: alimentação, locomoção, vestuário e higiene”, afirma. Ela acrescenta que a terapia envolve a definição das prioridades elencadas pelo próprio paciente. “Selecionamos um objetivo, entre aqueles que são mais urgentes. Dessa maneira, a pessoa se sente produtiva por mais tempo”, observa.

Conforme explica, a terapia ocupacional ensina o paciente a entender o próprio corpo e a conservar energia na rotina diária. Isso é feito a partir da seleção das atividades e da maneira com que cada uma será realizada. “Às vezes o excesso de exercício, por exemplo, pode ser o fato desencadeador de uma crise”. Nesse sentido, o terapeuta ocupacional vai ensinar o paciente a planejar o gasto de energia no seu dia a dia. No processo de enfrentando da esclerose múltipla, este profissional ajuda ainda a identificar técnicas que possam simplificar as atividades diárias, mantendo as habilidades motoras e emocionais”, conclui.

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