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Fraturas da coluna: previna-se!

O médico Rodrigo D´Alessandro de Macedo, especialista em coluna do Instituto Mineiro de Ortopedia e Traumatologia- IMOT e médico ortopedista do Hospital Life Center.

Fraturas na coluna ocorrem com muita frequência, principalmente em pacientes jovens e é uma realidade muito preocupante, pois afeta muito a vida os pacientes e seus familiares, com dificuldades em várias esferas da vida.

Estima-se que nos Estados Unidos ocorram cerca de 160.000 fraturas da coluna toraco-lombar por ano. No Brasil, a estatística não é muito diferente. Mais 50% das fraturas de coluna ocorre na transição toraco-lombar (entre a décima vertebra torácica e a segunda lombar).

Fraturas da coluna são mais frequentes em adultos jovens do sexo masculino e associadas a traumas de alta energia como acidentes automobilísticos, quedas de altura e lesões por arma de fogo.

Uma das complicações mais devastadoras é a lesão medular. Estima-se que essa lesão ocorra em cerca de 26,5% das fraturas toraco-lombares. Um outro aspecto é que, adicionalmente os pacientes podem apresentar também múltiplas fraturas e lesões traumáticas em outros órgãos. Estudos indicam cerca de 11% fraturas da coluna cervical, 19% trauma em membros inferiores e/ou superiores, 13% trauma na cabeça e 10% trauma abdominal. Outras sequelas potenciais incluem dor crônica, deformidade e incapacidade funcional.

O impacto na vida do paciente é extremamente marcante, ocasionando um custo pessoal e coletivo significativo, pois muitos desses pacientes não retornam às suas atividades profissionais. É importante considerar que normalmente os pacientes são adultos jovens com um potencial futuro promissor. Para a sociedade o custo é ainda maior, especialmente considerando os custos diretos do tratamento e a questão previdenciária.

Os objetivos do tratamento as fraturas toraco-lombares são: tentar reverter um déficit neurológico, prevenir a ocorrência de dano neurológico, fornecer estabilidade da coluna e prevenir a ocorrência de deformidades pós-traumáticas. Para isso há sistemas de classificações dessas fraturas, com o intuito de direcionar o tratamento, que pode ser conservador, no qual, muitas vezes envolve repouso parcial, uso de coletes e analgesia. Ocasionalmente pode ser necessário abordagem cirúrgica, na qual geralmente envolve métodos de estabilização da coluna, com implantes, muitas vezes, associados à técnicas de descompressão medular.

A prevenção é a melhor alternativa para o problema. Campanhas devem ser realizadas de forma constante na mídia, informando sobre a importância de se evitar os acidentes. Essas campanhas devem salientar a terrível consequência dessas lesões para vida do cidadão, orientar sobre a importância da direção defensiva, evitar acidentes automobilísticos (não ingerindo bebida alcóolica antes de dirigir) e também os cuidados com quedas de altura, cujas consequência podem ser terríveis. A prevenção desses acidentes é fundamental!

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