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Jogos Brasileiros para Transplantados reúne mais de 100 atletas em Curitiba

Silvana Baccin, transplantada renal, medalhista no tênis: “participar do JBTx desde a primeira edição tem sido transformador. Na foto, Silvana com outras tenistas.

Foto: Divulgação

Curitiba recebeu, nos dias 18 a 21 de setembro, a 3ª edição dos Jogos Brasileiros para Transplantados (JBTx). O evento contou com cerca de 100 atletas dos mais diversos estados do país e reuniu transplantados, doadores e equipes médicas que atuam na área de transplantes, com um único objetivo: chamar a atenção para a causa da doação de órgãos. “A gente também compete, claro. Alguns, inclusive, são atletas de elite, com vários prêmios. Mas o que a gente quer mesmo é falar sobre o quanto a doação de órgãos pode salvar vidas e o quanto o esporte pode ser um aliado dessa retomada da vida”, explica Edson Arakaki, presidente da Associação Brasileira de Transplantados (ABTx).

Durante quatro dias, nove modalidades esportivas foram disputadas pelos atletas: caminhada e corrida – 5km e 10km -, natação, atletismo, ciclismo, tênis de mesa, tênis de campo, beach tennis e triatlo virtual. 

Rodrigo da Costa Evangelho veio do Rio de Janeiro para conquistar o pódio no ciclismo. O carioca, de 53 anos, é transplantado de medula óssea e participou dos Jogos pela primeira vez. Diagnosticado com mieloma múltiplo no fim de maio de 2024, Rodrigo passou pelo transplante autólogo em novembro do mesmo ano. “O mais importante foi participar. Nunca tinha conhecido outros transplantados e foi uma experiência incrível, talvez uma das maiores da minha vida. Ganhar ou perder pouco importa diante do que cada um enfrentou para retomar a vida. Quero estar em todos os eventos para dar visibilidade à causa da doação de órgãos”, conta o atleta.

Já Silvana Baccin, transplantada renal, foi a primeira brasileira medalhista no tênis de campo nos Jogos Mundiais para Transplantados, que aconteceu em agosto, na Alemanha. No JBTx, em Curitiba, ficou em primeiro lugar na mesma modalidade, na categoria 50+. “Participar do JBTx desde a primeira edição tem sido transformador. É a possibilidade de me conectar com pessoas que têm histórias de superação tão ou mais fortes que a minha. Os Jogos abriram meus olhos para a importância do esporte na vida de uma pessoa transplantada. Estar no pódio não é só a conquista da medalha pela medalha, mas de mostrar para mim mesma que eu posso treinar, evoluir, manter meu corpo saudável, além de poder divulgar a causa da doação de órgãos”, conta ela.

Sobre o JBTX –  Os Jogos Brasileiros para Transplantados (JBTx) acontecem desde 2019, promovidos pela Associação Brasileira de Transplantados (ABTx). A primeira edição reuniu cerca de 60 atletas transplantados, de 7 a 73 anos de todas as regiões do País. Dentre os principais benefícios da atividade física estão o combate ao excesso de peso; a melhora na autoestima; diminuição da depressão, estresse e cansaço; aumento da disposição; fortalecimento do sistema imune; melhora da força e resistência muscular; fortalecimento dos ossos e das articulações; e diminuição do risco de doenças cardiovasculares. 

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