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Mesmo confinado, não perca tempo: aos primeiros sintomas procure atendimento. Você pode estar sofrendo um infarto!

A cardiologista Patrícia Lages, coordenadora do Serviço de Cardiologia do Hospital Vila da Serra: “muitas pessoas chegam ao hospital em estado grave, e, muitas vezes, são encaminhadas para o CTI”

Sintomas como dor intensa no peito ou na região do estômago, da mandíbula e no braço esquerdo são os primeiros sinais de que você pode estar sofrendo um infarto. E se não for atendido imediatamente, a situação pode se agravar, levando até a morte. Assim, com os sintomas associados com a dor como tontura e palpitação, associados, geralmente, a suor frio e náuseas, corra para a Emergência porque nesse caso, tempo é fundamental.

O alerta é da Dra. Patrícia Lages, coordenadora do Serviço de Cardiologia do Hospital Vila da Serra. Segundo ela, devido ao confinamento provocado pelo COVID-19, muitas pessoas estão deixando de ir ao hospital e, quando vão, chegam em estado grave, e, muitas vezes, são encaminhadas diretamente para o CTI. Casos esses que poderiam ser evitados se o paciente fosse avaliado logo no início.

Desde que começou o isolamento social, o número de atendimentos no Pronto Atendimento (PA) Cardiológico do HVS caiu consideravelmente. O mesmo aconteceu no PA do Incor de São Paulo, um dos maiores centros de cardiologia no Brasil, onde a queda foi de mais de 40%. Acontece que o número de infartos não diminuiu. Na verdade, os pacientes não estão chegando ao hospital por que estão morrendo em casa, ou estão sendo tratados em uma fase muito tardia, onde as consequências podem ser catastróficas”, destaca a Dra. Patrícia Lages, ao lembrar que 50% dos infartos são justamente morte súbita. O restante 50% vai depender dos antecedentes pessoais do paciente, do seu estilo de vida, do número de vasos acometidos e da demora em procurar ajuda”.

Os homens estão mais propensos que as mulheres a ter infarto, caracterizado pelo entupimento dos vasos que irrigam o coração em decorrência de formação de placas de gordura, devido a um trombo ou a um espasmo vascular. Essa diferença, no entanto, desaparece pós menopausa.

História familiar de eventos precoces, tabagismo, colesterol elevado, diabetes, hipertensão e sedentarismo estão entre os fatores de risco. Como prevenção, a cardiologista aponta o estilo de vida saudável, boa alimentação, menos estresse e parar de fumar.

Só nesse ano, o “Cardiômetro” da Sociedade Brasileira de Cardiologia, já registrou mais de 180.000 mortes em decorrência de doenças do coração.

Nos Estados Unidos, essa situação hoje está bem pior. De acordo com a Angioplsty.org, o número de pessoas que teve morte súbita em casa aumentou 800%, e não foi por causa do coronavírus. Por isso, ressalta a Dra. Patrícia Lages, “temos que tomar cuidado para evitar contaminação pelo coronavírus, mas sem negligenciar uma doença que mata muito mais!Serviço:

Hospital Vila da Serra | F: (31) 2343-0600

Avenida Oscar Niemeyer, 499.

Serviço de cardiologia:

Teste ergométrico, ecocardiograma, estudo eletrofisiológico, mapa, Holter, cateterismo, cintilografia, Tilt test, avaliação de rotina e pré-operatória, urgência e emergência cardiológica

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