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Rede Mater Dei de Saúde reforça padrão de qualidade no controle de infecção hospitalar

Equipe de Terapia intensiva Neonatal do Mater Dei. Há um ano, hospital não registra casos de infecção em sua UTI. Resultado reflete protocolos de segurança na prática clínica.

A Rede Mater Dei de Saúde celebra um marco significativo em sua Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Há um ano o serviço não registra infecções associadas ao uso de cateteres, importante recurso no tratamento de recém-nascidos que necessitam de terapia intensiva após o nascimento. Este é um feito notável que reflete o elevado padrão de controle e prevenção de infecção hospitalar. Entre as ações implementadas, destacam-se a elaboração e a aplicação de uma série de protocolos assistenciais, como a higienização das mãos, medidas de precaução e isolamento, o gerenciamento do uso de antimicrobianos e práticas baseadas em evidência para inserção e manutenção de acesso venoso central e da rotina de limpeza e desinfecção de superfícies.

A Coordenadora da UTIN da Rede Mater Dei de Saúde/Belo Horizonte/MG, Wania Calil, destaca que a formação da equipe multiprofissional tem refletido no resultado. Conforme destaca, “seguimos os protocolos do serviço relacionados à prevenção e ao tratamento das doenças infecciosas, além de discussões diárias dos quadros clínicos, com racionamento do uso de antibióticos e a suspensão precoce desses medicamentos logo que possível com o objetivo de retirada do acesso venoso central. Também investimos em capacitação contínua da equipe com repasse dos resultados para estimular e incentivar a participação da equipe nos indicadores de qualidade assistencial”.

Além disso, a médica explica que a atuação dos profissionais do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar (SECIH) é primordial para os resultados alcançados na unidade. “Trabalhamos em conjunto com o SECIH com reuniões semanais de discussão dos casos de infecção e monitoramento mensal do indicador de infecção”.

Completar um ano sem registro desses eventos na UTIN é um forte estímulo à equipe multidisciplinar, consolidando as práticas de segurança instituídas, acrescenta a coordenadora do SECIH da Rede Mater Dei de Saúde, Silvana Barros. “Como descrito na literatura científica, a manutenção de uma taxa zero de infecção não é um desafio fácil. Adotamos medidas gerais de prevenção de infecção baseada em evidências, incluído elaboração de protocolos, capacitação contínua da equipe multidisciplinar, auditoria sistemática de adesão aos processos, utilização de critérios padronizados para a coleta de dados epidemiológicos referentes às infecções, permitindo o monitoramento dos eventos e o estabelecimento de estratégias de prevenção e controle”.

A médica esclarece que a transmissão de micro-organismos patogênicos, ou seja, germes capazes de produzirem doenças, ocorre na maioria das vezes por contato direto (transmitido de uma pessoa a outra por meio do contato direto com as mãos) ou através do contato indireto (objetos e superfícies contaminadas). “Várias medidas possuem eficácia na prevenção de infecções, mas sendo as mãos um possível reservatório de micro-organismos que podem causar infecções, devemos adotar a higienização delas como importante aliado na rotina diária. Por esse motivo, a higienização das mãos é uma das medidas mais importantes na prevenção e controle das infecções. É uma ação simples, rápida e de baixo custo”, esclarece.

Segundo a coordenadora do SECIH, a limpeza do ambiente também é parte importante no controle da transmissão das infecções, incluindo pisos, paredes, macas, cadeiras de rodas e mobília do quarto. As superfícies e objetos devem ser sempre limpas e, em algumas situações, também desinfetadas. Porém, o principal meio capaz de transportar os micro-organismos dos objetos e superfícies contaminadas para os pacientes, são as mãos. “Com esse objetivo, adotamos, a partir de 2009, a Estratégia Multimodal da OMS para a Melhoria da Higiene das Mãos, https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/servicosdesaude/, seguindo os cinco pilares do programa. Esse trabalho foi, inclusive, reconhecido e premiado em 2014”, lembra.

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