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SBOC alerta para prevenção da monkeypox em pacientes oncológicos

Apesar da baixa letalidade, pessoas com imunidade reduzida podem apresentar quadro grave da doença

Imagem de Alexandra_Koch por Pixabay 

O primeiro óbito no Brasil, em decorrência da monkeypox, ocorreu no final de julho, em um paciente imunossuprimido, em tratamento oncológico. No mesmo período, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença é uma ‘Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional’. Diante desse cenário, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) ressalta a importância da prevenção, especialmente para pacientes oncológicos.

De acordo com a OMS, estão no grupo de pessoas vulneráveis a desenvolverem formas mais graves de monkeypox os recém-nascidos e aquelas com imunossupressão – condição em que ocorre baixa resposta imune do organismo devido ao tratamento de doenças autoimunes ou câncer, e em pacientes transplantados. Caso esses pacientes sejam infectados, eles podem vir a desenvolver quadros mais graves da doença, como infecções da pele, pneumonia, confusão mental, cegueira e sepse. “Por isso, é muito importante manter medidas de prevenção semelhantes às do coronavírus, como o uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento físico”, enfatiza o presidente da SBOC, Prof. Dr. Paulo M. Hoff.

Vale ressaltar que a monkeypox – apesar de também ser conhecida como “varíola dos macacos”, devido ao fato de ter sido identificada, inicialmente, em macacos em um laboratório dinamarquês, em 1958, os primatas não a transmitem. Segundo a OMS, a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola atualmente são roedores, como ratos e cão-da-pradaria.

Transmissão – O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970, e sua transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. 

Entre seus principais sintomas estão: febre, dor de cabeça e no corpo, fraqueza, inchaço dos gânglios linfáticos e erupções ou lesões cutâneas, que podem acometer rosto, mãos, pés, genitais, boca e olhos.

“Geralmente, os sintomas da doença duram de duas a quatro semanas e desaparecem sem a necessidade de tratamento. No entanto, o medicamento antiviral Tecovirimat, inicialmente desenvolvido para a varíola comum, tem apresentado bons resultados no combate a monkeypox e há expectativa de que, em breve, esteja disponível no Brasil, junto com a vacina, que deverá ser aplicada a princípio em grupos prioritários. Apesar da baixa letalidade, em um primeiro momento, devemos ficar atentos ao avanço da monkeypox, pois tem sido algo muito dinâmico”, complementa o oncologista clínico.

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