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Volta às aulas: hora de se vacinar

Manter a imunização em dia é fundamental para se proteger contra surtos de doenças evitáveis, como a gripe (Influenza), sarampo, caxumba e rubéola

Foto: Freepik

Com o início do ano letivo, os alunos retornam às aulas e reencontram os amigos. Este é um momento importante, não apenas para a socialização, mas também para a saúde. Durante esse período, é comum que apresentem sintomas como espirros, tosse e coriza. Por isso, manter a imunização em dia é fundamental para proteger não apenas os estudantes, como toda a comunidade escolar, prevenindo surtos de doenças evitáveis, como a gripe (Influenza), sarampo, caxumba e rubéola.

Recentemente, segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil registrou um aumento expressivo no número de municípios que superaram a meta de 95% de cobertura para vacinas essenciais do calendário infantil. Em 2024, algumas vacinas ultrapassaram 90% de cobertura, refletindo os esforços para ampliar a proteção das crianças.

De acordo com o infectologista Guenael Freire do São Marcos Saúde e Medicina Diagnóstica de Belo Horizonte/MG, que faz parte da Dasa – rede de saúde integral, “graças à vacinação e aos esforços para aumentar a vigilância quanto a erradicação do sarampo, o Brasil recuperou sua certificação de país livre da doença em 2024. A recertificação foi entregue pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)”. A vacinação contra a poliomielite, por exemplo, apresentou um avanço significativo, com o número de municípios que atingiram a meta de imunização aumentando quase 93% nos últimos anos.

Apesar dos avanços, ainda existem desafios a serem enfrentados, como a necessidade de manter a confiança da população na vacinação. Algumas doenças que já haviam sido controladas, como a rubéola, voltaram a apresentar casos nos últimos anos justamente pela falta de adesão à vacinação. “É essencial que os pais compreendam que cada dose tem um papel fundamental na proteção a longo prazo, reduzindo o risco de infecções e complicações graves”, diz o especialista.  

A coqueluche também tem sido motivo de preocupação para os órgãos de saúde em Minas Gerais. Ao longo de 2024, os registros subiram quase 800% em Belo Horizonte, conforme dados da prefeitura. Durante o mesmo período no estado, foram registrados 598 casos da doença, com cinco mortes confirmadas. Os óbitos foram de crianças com menos de 1 ano, todos em 2024. “Para a prevenção de óbitos em crianças pequenas, vacinar as gestantes com a tríplice bacteriana acelular (dTpa) é fundamental. Essa vacina não só protege a mãe, mas, também, oferece anticorpos para o bebê, ajudando a protegê-lo até que ele possa ser vacinado diretamente.” enfatiza Guenael.

Manter as vacinas em dia é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças graves e evitar complicações futuras. “A vacinação não apenas protege as crianças individualmente, como contribui para a imunidade coletiva, impedindo a propagação de doenças em escolas e outros ambientes de convívio”, complementa.

Entre as vacinas essenciais para a faixa etária infantil estão a hexavalente, que protege difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, poliomielite e Haemophilus influenzae tipo b (Hib), além das imunizações contra rotavírus e febre amarela.  Para que os avanços na cobertura vacinal continuem a crescer, é vital seguir o calendário vacinal corretamente. Isso contribui para um ambiente escolar mais seguro e saudável para todos.

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