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Educação alimentar: Cinco maneiras para estimular seu filho a comer novos alimentos!

Passo a passo pode ajudar a resolver o problema de recusa alimentar em bebês e crianças.

Neste momento, em todo mundo, existem mães e pais com dificuldades para convencer a criança a comer ao menos o trivial e necessário para garantir uma vida saudável. Tão importante quanto descobrir as razões que fazem com que a criança desenvolva a seletividade e recusa alimentar é saber lidar com a situação e ir à ação.  Muitos pais usam artifícios que ao invés de contribuir, acabam problematizando o momento da refeição

É no período de introdução alimentar que a criança mais precisa de atenção ao seu desenvolvimento. A alimentação é responsável por sustentar o crescimento adequado, inclusive do desenvolvimento cognitivo. A falta de nutrientes pode causar dificuldades na aprendizagem, baixa imunidade, infecções, entre outros problemas. Por isso, a educação alimentar começa pelos pais, que necessitam de paciência e criatividade para garantir a saúde da criança.

A Dra. Carla Deliberato, fonoaudióloga, dedicada ao estudo e atendimento de bebês e crianças com seletividade e recusa alimentar, afirma que a introdução de um novo alimento deve e pode ser feito de forma gradual e sem estresse. “Muitos pais se apavoram com a situação e por isso não enxergam ações simples que podem ser feitas com naturalidade e com resultados impressionantes, observa”. Para isso, a Dra. Carla sugere um passo a passo simples e eficiente para introduzir um novo alimento:

1 – Associe o novo alimento ao prato que a criança mais gosta                            

O primeiro passo é identificar os sabores e texturas que mais agradam a criança. Não importa a forma como é preparado. Em todos os casos é possível associar um novo alimento ao prato. Para que seja feita a introdução gradual, talvez possa ser interessante que seja junto ao alimento que a criança mais gosta. Dessa forma são menores as chances de recusa.

2 – Desconstruir para construir

Muitas vezes, ou na maioria delas, será necessário descaracterizar totalmente o alimento.  Uma estratégia é diluir ou processar. Por exemplo, se a criança gosta de ovo e os pais querem introduzir ao prato alguma verdura, bata em um liquidificador a verdura e misture uma pequena quantidade ao ovo, assim a apresentação do alimento não é alterada e o novo alimento está praticamente imperceptível.

3- Seja sutil

A transição do novo alimento deve ser feita aos poucos. Se, por exemplo, no início foi introduzido alimento batido para que a criança não o reconhecesse no prato, aos poucos é possível aumentar a quantidade, até que a cor e sabor do novo alimento comece a ficar visível e a criança tome consciência do que está comendo

4- Transforme a apresentação

Se antes o alimento era incorporado ao prato até que começasse a predominar, a nova estratégia requer que a quantidade seja reduzida, porém tenha a apresentação mais próxima da sua real consistência. O quanto mais estiver picado, melhor para que a textura não cause estranheza.

5- Separe o alimento

Após a familiarização com a cor, sabor e aroma, é o momento de apresentar o alimento à criança. Junto ao prato, comece a separar os mantimentos e inserir poucas quantidades dele à refeição. Outra dica importante nessa fase é permitir que a criança explore a textura do alimento com as mãos, associando-o ao sabor já familiar. Quando menos esperar, a mágica acontece!

Toda transição exige observação. Só assim é possível criar estratégias que facilitem o processo. O mais importante é não desistir. “A introdução alimentar é um processo de aprendizagem que todos estão sujeitos a erros e acertos. Nenhuma criança aprende da mesma maneira. Por isso é um método que torna se totalmente individual”, destaca a especialista, lembrando que assim como a observação é capaz de ensinar muito sobre os hábitos alimentares e preferencias da criança, ela também é fundamental para identificar a hora de procurar ajuda profissional, caso seja necessário. No mais, é importante ressaltar que os benefícios não estão apenas no âmbito nutricional, mas, também, no relacionamento entre pais e filhos, criando laços de confiança e afetividade.

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