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Idosos, durante a pandemia, nada de sedentarismo!

O ortopedista Guydo Marques Horta Duarte:  “a falta de atividade física pode ser um agravante a problemas preexistentes”

    A pandemia retirou os idosos da rua, dos supermercados, do comércio, dos shoppings, restaurantes e bares. Hoje, quem tem mais de 60 anos tem medo de sair de casa por causa da covid-19. E não são poucos, não. Segundo o IBGE, o Brasil tem quase 33 milhões de idosos. Somente entre os anos de 2012 e 2019, 7,5 milhões de pessoas completaram 60 anos de idade, um aumento de 29,5% neste grupo etário. Sem poderem ir também à academia ou fazer caminhadas ao ar livre, muitos têm se entregado ao sedentarismo.

De acordo com o ortopedista Guydo Marques Horta Duarte, Chefe do setor de Ortopedia do Hospital Vila da Serra, Cirurgião do quadril, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Quadril (SBQ), é importante que os idosos mantenham um clima de otimismo, pois a vacina está chegando.  “A falta de atividade física pode ser um agravante a problemas preexistentes, como a osteoporose, doença comum à maioria dos sexagenários. Além disso, ao ficar preso em casa, o idoso não toma sol, o que reduz a produção de vitamina D, essencial para o fortalecimento do sistema imunológico para o combate a viroses, como a causada, inclusive, pelo COVID-19, e para a prevenção e tratamento da osteoporose”.  Mas com o uso correto de máscara, álcool em gel e evitando aglomeração, as pessoas idosas podem sair para uma caminhada, tomar um pouco de sol e fazer exercícios ao ar livre. “Entretanto, repito, evitar aglomeração é fundamental”, salienta o médico.

Para aqueles que estão mais apreensivos com a covid, o ortopedista destaca também que “ninguém precisa ficar imóvel dentro de casa. Principalmente o idoso pode fazer caminhadas dentro do apartamento, ao redor do quintal, nas áreas comuns dos condomínios ou, ainda, exercitar-se em bicicletas fixas, desde que tome as medidas necessárias para evitar contato físico com outras pessoas”.

Pode ainda tomar sol pela janela de sua residência ou, quem tiver um local apropriado e seguro em seu condomínio residencial, ou quintal de sua casa, pode se expor melhor para ativar a produção de vitamina D. O horário pode variar: pela manhã, até as 10 horas e, à tarde, após as 16 horas, pelo menos por 15 minutos e sem o filtro solar, orienta o médico, ao explicar que, além dessas medidas melhorarem a qualidade de vida de forma geral, auxiliam também os idosos manterem a saúde mental e fortalecerem o músculo esquelético, especialmente do quadril, uma articulação essencial para a locomoção, onde são comuns fraturas causadas pela osteoporose”.

Apesar do confinamento, em caso de dores devido a quedas, é imperativo o atendimento em regime de urgência. Em idosos, as consequências podem ser mais graves e uma fratura sem diagnóstico e tratamento inadequado podem ter sérias consequências.

Em virtude do prolongamento do isolamento social, quem tem idoso em casa deve também melhorar as condições de segurança, evitando móveis na área de circulação, fios passando de um ponto para o outro, vasos e tapetes em locais de risco, de maneira a evitar possíveis quedas. Da mesma forma, no quarto de dormir, ter sempre uma luz acesa a noite. Ela orienta o idoso caso acorde para ir ao banheiro.

Para adultos que também deixaram a atividade física de lado por conta da prevenção ao coronavírus, a recomendação é a mesma. Quem já faz musculação e tem academia no condomínio, pode usá-la, desde que tome os cuidados necessários para se prevenir contra o coronavírus, como reservar previamente seu horário, higienizar aparelhos com álcool gel e manter o distanciamento. Os alongamentos também são muito importantes e recomendados a todos.

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