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Setembro Amarelo: Mês de Conscientização para Prevenção ao Suicídio: Agir salva vidas!

Por:  Dr. Petrus Raulino

Coordenador do Serviço de Interconsulta Psiquiátrica do Vera Cruz Hospital /Campinas-SP (Crédito-foto: Márcio Santos)

O Setembro Amarelo é conhecido como o “Mês de Conscientização para Prevenção ao Suicídio”. Este ano, o tema definido para a campanha é “Agir salva vidas”. Mais do que falar, é fundamental tomar atitudes efetivas para evitar os casos. Assim, cuidar da saúde mental, reconhecer os sintomas e buscar tratamento são ações que fazem toda a diferença.

Em 2021, especificamente, a campanha chega em um contexto singular, pois já são quase dois anos de pandemia da Covid-19, e um corpo substancial de evidências científicas tem demonstrado que a solidão e o isolamento social elevam o risco de mortalidade prematura de modo comparável a outros fatores de risco, como hipertensão, tabagismo e obesidade.

Com o isolamento, a saúde mental da população tornou-se mais fragilizada. Tivemos muitas vidas perdidas e um aumento da incerteza econômica. Com isso, observamos cada vez mais relatos de ansiedade, depressão, Síndrome de Burnout e tantos outros transtornos mentais.

Durante a pandemia, o potencial para deterioração da saúde mental ou a recorrência de sintomas psiquiátricos graves aumentaram. Portanto, o enfoque nas necessidades das pessoas com transtornos mentais, ou cuja saúde mental é vulnerável, passou a ser primordial para salvar vidas.

A prevenção ao suicídio na “Era Covid” requer a abordagem não somente de fatores de risco acentuados pelos desdobramentos sociais, econômicos, e até mesmo de luto, oriundos do pior surto viral em 100 anos, mas também de elementos já presentes antes da pandemia, como os transtornos mentais.

Dezenas de estudos que utilizam métodos de autópsia psicológica demonstraram que mais de 90% dos casos de suicídio estão associados a complicações mentais. Por isso, um dos fatores mais importantes para um efetivo resguardo de vidas é o tratamento.

Este é mais um momento da história em que a prevenção ao suicídio deve ser priorizada como um grave problema de saúde pública. A identificação e o tratamento dos transtornos mentais pelo médico psiquiatra estão entre os principais fatores de inibição de casos, juntamente com o acompanhamento psicológico, o tratamento psiquiátrico.

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