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Tempo seco exige mais cuidado com a saúde respiratória

 A pneumologista Fernanda Miranda de Oliveira: “a baixa umidade do ar funciona como um agressor das vias aéreas”

Junho já é conhecido por uma boa parte dos brasileiros como o período de tempo seco e frio durante a noite. De acordo com informações do Climatempo, a expectativa é de que as menores taxas de umidade do ar fiquem entre 20% e 25% até o final do mês de maio. Essa situação agrava uma série de problemas respiratórios, como rinite e asma, levando pacientes a terem mais cuidado com a saúde nesta época, que pode se estender até outubro.

De acordo com a pneumologista Fernanda Miranda de Oliveira, que possui consultório no Órion Complex, em Goiânia/GO, a baixa umidade do ar funciona como um agressor das vias aéreas, já que uma das funções do nariz é umedecer o ar inspirado. “Com o ar inspirado seco, o nariz não consegue umidificá-lo adequadamente e ele chega aos pulmões sem a umidade necessária, o que pode causar danos aos brônquios”, explica a pneumologista. Por isso mesmo, pessoas portadoras de doenças respiratórias crônicas, como a asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e rinossinusites, costumam ter uma piora no quadro clínico durante esses períodos do ano em que as temperaturas ficam mais baixas e o ar mais seco. Esses fatores, destaca a médica, podem prejudicar ainda mais o funcionamento do aparelho respiratório.

Para superar esse tempo seco e frio pelas manhãs, característico dos meses de maio a outubro, a Dra. Fernanda Oliveira detalha algumas medidas simples que podem ser adotadas para melhorar a qualidade de vida e não sofrer com problemas respiratórios. “A pessoa deve se manter bem hidratada, não tomar banhos muito quentes, usar soro fisiológico nas narinas e não realizar atividades ao ar livre entre 10h e 16h nos dias em que a umidade estiver abaixo de 30%”, orienta.

Pandemia – Diante do cenário de pandemia, os cuidados devem ser ainda mais redobrados. De acordo com a pneumologista, qualquer síndrome gripal e infecciosa deve ser avaliada para se descartar uma hipótese de Covid-19. “Caso o indivíduo apresente febre, dores de cabeça e pelo corpo, alteração do olfato e/ou paladar, tosse seca e cansaço, apesar de serem sintomas comuns a outras doenças, é necessário avaliar se se trata de Covid”, alerta. 

“Um dado que fala contra a hipótese do indivíduo estar com Covid é quando a tosse tem secreção amarelada ou o peito chia. Esses sintomas são mais comuns nas infecções bacterianas”, destaca a pneumologista, que ainda aconselha sempre buscar acompanhamento médico.

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