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Trombose é uma das principais causas de morte de pessoas com câncer

Dr. Daniel Dias Ribeiro: “o doente oncológico tem maior probabilidade de desenvolver distúrbios de coagulação e, consequentemente, a complicação da trombose”.

A trombose é a segunda causa de morte de doentes oncológicos no mundo. De acordo com o médico hematologista, patologista clínico Daniel Dias Ribeiro, diretor do Laboratório São Paulo, em Belo Horizonte/MG, sua incidência nesses pacientes é até sete vezes maior do que em pessoas saudáveis. Isto porque o doente oncológico tem maior probabilidade de desenvolver distúrbios de coagulação e, consequentemente, a complicação da trombose. “Cerca de 10% dos pacientes com câncer terão trombose”, afirma.

Além do câncer elevar as chances de trombose, o tratamento da doença, que pode incluir sessões de quimioterapia, repouso e o pós-operatório, também contribui para aumentar as ocorrências dessa complicação. Alguns tipos de câncer, destaca, associam se ao maior risco de Tromboembolismo Venoso (TEV), como os tumores no cérebro, estômago, pâncreas, linfomas, rins e ovário.

Sinais de alerta – Conforme destaca, a informação e a prevenção são as melhores medidas para reduzir a incidência e o óbito por TEV em pacientes oncológicos. É possível realizar algumas medidas de profilaxia logo que a pessoa é diagnosticada com o câncer, antes e depois de cirurgias e internações. “É preciso fazer uma avaliação individual e, em algumas situações, utilizar medicamentos, como anticoagulantes para prevenir a trombose. O TEV em pacientes com câncer pode exigir internação, atrasar o tratamento (quimioterapia, radioterapia) e reduzir a sobrevida”, alerta o Dr. Daniel Ribeiro.

O médico acrescenta ainda que é muito importante ficar atento aos sinais do TEV. Cerca de 70% dos casos ocorrem nas pernas, outros 25% são no pulmão e os 5% restantes em outros órgãos, como o cérebro. Entre os sintomas, estão: dor ou desconforto na panturrilha ou coxa, aumento da temperatura e inchaço da perna, pés ou tornozelos, vermelhidão e/ou palidez, sensações e/ou falta de ar, dor no peito (que pode piorar com a inspiração), taquicardia, tontura e/ou desmaios.

 

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