Dia Mundial de Prevenção de Quedas: prevenção em idosos é fundamental

“Todas as pessoas idosas apresentam algum risco para cair, podendo ser classificado de baixo a alto, independentemente se a pessoa idosa é mais ativa ou mais frágil”, afirma especialista
Foto: Pixabay
Com o propósito de conscientizar a população sobre a importância de medidas preventivas para evitar quedas, que podem ter consequências graves, especialmente para pessoas idosas, o dia 24 de junho é uma data especial: trata-se do Dia Mundial de Prevenção de Quedas.
O assunto merece atenção. Para se ter ideia, a última edição do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), financiado pelo Ministério da Saúde, revelou que, no Brasil, a prevalência de quedas na população idosa residente em áreas urbanas foi de 25%. De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, a estimativa entre os idosos com 80 anos ou mais, é que 40% sofram quedas todos os anos. Além disso, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), anualmente, cerca de um milhão de idosos no mundo fraturam o fêmur, sendo 600 mil somente no Brasil. Noventa por cento destes casos são causados por quedas.
A fisioterapeuta Caroline Saladini, de São Paulo/SP, especialista em Gerontologia e membro da diretoria da SBGG, explica que todas as pessoas idosas apresentam algum risco para cair, podendo ser classificado de baixo a alto, independentemente se a pessoa idosa é mais ativa ou mais frágil. Por essa razão, a prevenção se torna fundamental.
“Dentre os fatores de risco, podemos destacar as alterações próprias do indivíduo, como condições de saúde não controladas, fraqueza muscular, alterações de equilíbrio, diminuição da acuidade visual ou auditivo, queixa de dor, alterações ambientais, como superfície escorregadia ou irregular, pouca luminosidade, objetos soltos pela casa, móveis baixos e alterações comportamentais, que é quando a pessoa – mesmo ciente do risco, se expõe em situações que podem levar a uma queda, como andar de meias, usar escadas sem apoio no corrimão ou subir em bancos.”
Prevenção: quando começar? – Segundo Caroline, a mudança de atitude frente ao risco de cair deve ser incentivada em qualquer idade. No entanto, pessoas idosas são mais suscetíveis por apresentarem mais fatores de risco, devido às mudanças naturais do envelhecimento e à maior prevalência de condições, como sarcopenia, osteoporose e osteoartrose, entre outras que aumentam ainda mais esse risco. “Melhorar a iluminação e deixar o ambiente livre são boas medidas, assim como evitar deixar objetos, fios e tapetes soltos pela casa. Também é válido fazer ajustes para facilitar a mobilidade, tal como elevar a altura do vaso sanitário e do sofá, e colocar uma barra de apoio no banheiro”, destaca.
A avaliação criteriosa da pessoa idosa e um plano terapêutico voltado à prevenção de quedas devem ser conduzidos por especialistas em envelhecimento. Como ela enfatiza, “prevenir é essencial para garantir um envelhecer mais seguro e digno. Sempre que possível, é importante incentivar e implementar uma vida mais ativa”.