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Pico da Ômicron em fevereiro reacende alerta para grupos de risco

Dr. Leandro Ramos: “entre aqueles que precisam de atenção especial estão os pacientes em tratamento oncológico”

De acordo com os monitoramentos feitos pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES), o Brasil deve enfrentar o pico de casos da variante Ômicron do coronavírus neste mês de fevereiro. Em janeiro, o país registrou o maior número de casos diários de covid-19, desde o início da pandemia. O primeiro mês do ano terminou com quase meio milhão de casos da doença em Minas Gerais. Foram 490 mil registros, mais do que o dobro do índice de março de 2021, no pico da pandemia, quando foram contabilizados 240 mil casos em um mês.

A boa notícia é que, graças à vacinação e a menor letalidade desta variante, a alta no número de casos não foi acompanhada pelo aumento de óbitos. Ainda assim, a nova onda reacende um alerta importante para os grupos de risco, entre eles os pacientes que estão em tratamento de algum tipo de câncer. 

O oncologista da Oncomed, clínica de BH especializada na prevenção e tratamento de câncer, Leandro Ramos, avalia que, frente aos novos indicadores, é indispensável reforçar as orientações, especialmente para alguns grupos de pacientes. 

Segundo ele, as pessoas com idade acima de 60 anos e aquelas com doenças crônicas, como diabetes, doenças cardiovasculares e respiratórias e com imunidade baixa, possuem um risco maior de terem complicações graves se forem contaminadas pelo coronavírus. 

Da mesma forma, pessoas com câncer que estão em tratamentos de quimioterapia e radioterapia e que tenham feito cirurgia há menos de um mês, ou em uso de medicamentos imunossupressores, fazem parte do grupo de risco. “Isso quer dizer que os cuidados precisam ser maiores. Não é motivo para pânico, mas sim, para atenção especial”, alerta o especialista. 

De acordo com o Dr. Leandro Ramos, o paciente com câncer não deve, em hipótese alguma, parar seu tratamento por conta própria, seja quimioterapia, radioterapia ou cancelar uma cirurgia. “Caso tenha sintomas de covid-19, ele deve fazer o exame. Confirmada a contaminação, toda decisão quanto ao tratamento deve ser feita em conjunto com a equipe médica. Em algumas situações, consultas e exames poderão ser adiados e remarcados, mas somente um médico poderá avaliar”, ressalta. 

Conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), durante a pandemia de coronavírus, o paciente deve agir, da seguinte forma, no dia do tratamento: 

  • Ter somente um acompanhante, com menos de 60 anos, se possível. O acompanhante não poderá ter sintomas de resfriado ou gripe;
  • Tentar manter distância de outras pessoas, mesmo da equipe de saúde;
  • Não ficar próximo de outros pacientes;
  • Não ficar no local de tratamento por mais tempo do que o necessário;
  • Manter as recomendações de prevenção como, lavar as mãos com água e sabão, na sua ausência, usar álcool em gel; cobrir o nariz e a boca com lenço ao tossir ou espirrar – se não for possível, deve usar o antebraço como barreira e não compartilhar objetos pessoais.

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