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Vida de Gestante

Letícia Rosado: “estou no oitavo mês do meu primeiro filho. A emoção e a expectativa são enormes”

O começo de uma nova vida significa para os futuros pais o início de uma jornada de amor sem fim. A chegada de um bebê transforma a rotina de todos, inclusive dos avós, dos titios, titias e dos padrinhos também, mas, primeiramente, da futura mãe, que passa por profundas mudanças físicas, emocionais e psicológicas. Seu olhar para a vida muda completamente a partir do momento que sabe que está grávida. Vida de gestante é mágica e para saber um pouco como é isto, o Portal Medicina e Saúde criou esta coluna. A primeira entrevistada é Letícia Rosado, de 33 anos, que será mãe em breve. Ela vem sendo acompanhada pela Dra. Rayana Campos, da Equipe Gestare do Neocenter Maternidade, em Belo Horizonte.

De que maneira o fato de ter uma vida dentro de você te afeta?

Em termos físicos, a mudança do corpo gera limitações no cotidiano da vida da mulher à medida que a gestação vai avançando. Atividades que antes executava sem dificuldades vão se tornando mais complexas e exigindo uma maior dependência de terceiros. Isso para a mulher que é independente pode ser difícil de se adaptar.

Em termos espirituais, a espiritualidade se aflora a partir do momento que você compreende que não está mais sozinha e que gera um outro ser dentro de você. Isso é mágico, é transcendente e por isso o mundo divino fica tão evidente. Me aproximei muito das conversas com Deus e sei que esse poder é real.

Tem como descrever a sensação de ser mãe? 

Tem não. É uma sensação tão maravilhosa que qualquer palavra aqui escrita não iria traduzir o que de fato eu estou sentindo. É como se você ganhasse um super poder. Estou no oitavo mês do meu primeiro filho. A emoção e a expectativa são enormes.

O que significa para você e para o seu marido serem pais?

Traduz a clareza de que o amor de duas pessoas pode mesmo ser multiplicado ao ponto de gerar um terceiro amor, ainda maior, em comum.

Como está sendo a sua rotina de vida?

A minha vida em nada se alterou, excetuando pela pandemia vivida do coronavírus, onde tive maiores medos de enfrentar o ambiente de trabalho, como profissional da saúde, e ser afastada de outros que não me permitiam atuar, continuei tendo a mesma rotina, ou seja, trabalhando no consultório, fazendo alguns plantões, supermercados, tudo! A vida da gestante pode ser perfeitamente normal, respeitando as limitações físicas, é claro.

Com relação a sua alimentação, o que mudou?

Passei a dar maior atenção aos alimentos frescos e saudáveis, bem preparados e manipulados, mas continuei com a minha dieta bem próxima do que sempre tive. A restrição da bebida alcoólica, que para mim era apenas em eventos sociais, me limitou em alguns momentos, mas muito pouco já que também não estamos em período de aglomerações e festividades. Não tive problema algum.

Quais cuidados que passou a ter?

Passei a beber mais água, a cuidar mais da minha pele, do meu corpo e do que eu penso para que nada repercuta no meu bebê.

Qual foi a sua opção de parto: normal ou cesariana? Por que?

A princípio tenho desejo de parto cesáreo. Basicamente, não me imagino no parto normal. Não tenho esse desejo implícito dentro de mim. Não tenho medo da cirurgia mas tenho receios de como o parto normal poderia evoluir. Isso se tornou uma decisão. Minha mãe me teve como cesárea, relatando uma experiência maravilhosa, e vejo essa via de parto segura. Sou completamente apoiada pelo meu marido e também apoiada pela minha obstetra. Respeito as mães desejosas do parto normal. Acredito ser a via realmente natural da vida, mas a medicina também nos trouxe opções para que aquela mulher que se sinta segura na cesárea também possa ser atendida.

Você faz exercícios regulares?

Não. Apenas caminhadas esporádicas ao longo da gravidez. Tentei pilates, mas não fiquei adepta, falta de hábito mesmo.  Sei da importância da atividade física, mas assumo a culpa de não ser praticante.

O que acha do pré-natal?

O pré-natal é a segurança de ser acompanhada. A melhor sensação é saber que está tudo bem com você e também com seu bebê. É fundamental fazer o vínculo com profissional que está ali com você, para que no parto exista uma relação de confiança. Certificar que está sendo cuidada é essencial. E é no pré-natal que sinto que estamos evoluindo com uma gestação adequada. É através dele, do contato com o ginecologista, que a gente constrói essa relação de vínculo, de afeto, segurança e confiança me preparando para o momento mais esperado da minha vida, acho que de qualquer mulher.

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